📻 Ouça enquanto lê… Deixe que os sons do passado acompanhem sua viagem pela memória 🎶

Para ler como se estivesse num dia cinza de 1972.

Imagine-se à beira do rio, ouvindo o tempo passar…

Como nas manhãs tranquilas da roça, com o sol entrando pela janela.

O som do passado girando devagar, como os domingos com seus pais.

Quando bastava um botão e paciência para encontrar a voz do mundo.

Clássicos de alta octanagem: Jaguars preparados, supercarros raros e joias pré-guerra são destaque na edição de setembro/2025 da Classic & Sports Car


TÍTULO: Clássicos de alta octanagem: Jaguars preparados, supercarros raros e joias pré-guerra são destaque na edição de setembro/2025 da Classic & Sports Car
SLUG: classic-sports-car-setembro-2025-jaguars-preparados

🚗 Lead Automotivo Técnico
Quem aprecia a história, a engenharia e o ronco característico dos grandes esportivos britânicos encontrará combustível de primeira na edição de setembro de 2025 da revista Classic & Sports Car. O número — já à venda no Reino Unido e disponível para assinatura impressa ou digital no resto do mundo — reúne três reportagens especiais sobre Jaguars icônicos, compara face a face dois monstros de 200 mph, traz avaliações exclusivas do suíço Monteverdi 375L e do ágil Fiat 508S Balilla Corsa, além de colunas, guias de compra e cobertura de leilões. A seguir, destrinchamos os aspectos técnicos mais relevantes dos modelos em foco, preservando as informações originais da publicação e acrescentando contexto de engenharia e mercado indispensável ao leitor brasileiro especializado.

⚙️ Especificações do Powertrain
(Baseando-se nas informações disponíveis na matéria-fonte e em conhecimento especializado do segmento, seguem os principais conjuntos motopropulsores de cada carro abordado.)

• Jaguars Coombs Mk1 & Mk2
– Propulsor Jaguar XK6, bloco em ferro fundido e cabeçote alumínio, seis cilindros em linha, 3,4 L ou 3,8 L, comando duplo no cabeçote e alimentação por duplos carburadores SU.
– Preparações “Coombs” incluíam taxa de compressão levemente elevada, coletores de admissão polidos e escape esportivo tubular, resultando em potências que podiam superar 220 cv (SAE) — cerca de 217 cv (DIN/ISO) — contra pouco mais de 190 cv dos modelos de fábrica.

• Jaguar E-Type Coombs
– Primeiras unidades 3.8 (3781 cm³) com 265 cv SAE (262 cv DIN) a 5500 rpm, torque próximo de 37 kgfm a 4000 rpm.
– Conversões Coombs adicionavam carburadores de corpo maior e árvore de cames revisada, mantendo a robusta caixa Moss de quatro marchas.

• Jaguar XJ220 (1992)
– V6 3.5 biturbo (Jaguar/TWR JV6) montado a 60°, 24 válvulas, 549 cv DIN a 7000 rpm e 65,0 kgfm a 4500 rpm.
– Transmissão manual de cinco marchas montada longitudinalmente, tração traseira.

• Jaguar XJR-15 (1991)
– V12 6.0 aspirado derivado do XJR-9 de Le Mans, 450 cv DIN a 6250 rpm e 58 kgfm a 4500 rpm.
– Câmbio Hewland de seis velocidades, chassi monocoque em fibra de carbono.

• Monteverdi 375L (1969)
– V8 Chrysler RB 440, 7,2 L, comando central, 375 cv brutos (aprox. 350 cv líquidos) e robustíssimos 66 kgfm.
– Caixa automática Torqueflite 3-AT de série; algumas unidades receberam câmbio manual ZF 5-MT.

• Fiat 508S Balilla Corsa (1934)
– Quatro cilindros, 995 cm³, válvulas no bloco (side-valve), 36 cv a 5500 rpm.
– Alimentação por carburador Solex 30; câmbio manual de quatro marchas; tração traseira.

🏁 Performance e Dinâmica
• Jaguars Mk1/Mk2 Coombs — Sobretudo o Mk2 3.8 preparado conseguia 0-100 km/h em torno de 8,5 s e máxima superior a 200 km/h, valores expressivos para um sedã britânico de meados dos anos 1960. Os freios a disco Dunlop nas quatro rodas, introduzidos no Mk1 de competição, davam conta de domar o fôlego extra.
• Jaguar E-Type Coombs — O lendário comprimento de capô abriga um seis-em-linha elástico, permitindo 0-100 km/h na casa de 6,9 s e máxima oficial de 241 km/h. As modificações de Coombs melhoravam resposta em médios giros sem sacrificar confiabilidade.
• Jaguar XJ220 vs XJR-15 — Ambos superaram a marca mágica de 320 km/h no início da década de 1990. O XJ220 estabeleceu recorde de 341,7 km/h em Nardò (1992), enquanto o XJR-15, pensado mais para pistas, entregava aceleração brutal: 0-100 km/h em 3,2 s, graças à relação peso-potência de 2,4 kg/cv resultante do monocoque de carbono.
• Monteverdi 375L — Com chassi tubular multitubular e carroceria em aço estampado, o suíço ultrapassava 250 km/h, algo notável para um grand tourer de 1,7 t equipado com câmbio automático.
• Fiat 508S Balilla Corsa — O pequeno roadster de 580 kg atingia 125 km/h, apoiado por diferencial autoblocante ZF e rigidez de chassi adequada a ralis de longa distância.

🎨 Design e Dimensões
Os Jaguars Mk1/Mk2 conservam carroceria monobloco com colunas traseiras “fast-back” e vão-livre reduzido, reforçado na preparação Coombs pelo corte das saias de roda traseiras para trocas ágeis de pneu em pista — detalhe funcional que virou assinatura visual. O E-Type permanece uma referência de eficiência aerodinâmica para anos 1960, com Cx declarado de 0,44. No XJ220, a carroceria em alumínio e painéis de compósito reforçado reduz o peso a 1470 kg, enquanto o XJR-15 exagera na fibra de carbono vista, pesando apenas 1050 kg.
Já o Monteverdi 375L ostenta linhas de Pietro Frua, 4,95 m de comprimento, grade trapezoidal e faróis escamoteáveis, integrando influências de Maserati e Iso. O Fiat 508S mede compactos 3,36 m, mas sua seção frontal afilada e para-brisa rebatível evidenciam foco na performance esportiva da era pré-guerra.

📱 Tecnologia e Conectividade
Por se tratar de clássicos fabricados entre 1934 e 1992, a conectividade limita-se a equipamentos da época. Destacam-se:
– Sistema de injeção eletrônica Weber-Marelli no XJ220, pioneiro na Jaguar.
– Painel digital LCD da Veglia no XJ220, exibindo temperatura dos turbos.
– No XJR-15, instrumentação analógica Stack e sistema de aquisição de dados opcional de competição.
Os demais modelos confiam em manômetros Smiths, VDO ou Jaeger, valorizados hoje pela autenticidade.

🛡️ Segurança e Equipamentos
Antes da normatização ISOFIX e airbags, os itens de segurança apoiavam-se em estrutura sólida, cintos de dois ou três pontos (pós-1964 nos Jaguars) e, no caso do XJ220, ABS de quatro canais da Teves. O XJR-15 oferece célula de sobrevivência derivada de protótipos Grupo C, antecipando conceitos de “survival cell” usados na Fórmula 1 moderna.

💰 Preços e Comercialização
A Classic & Sports Car ressalta a disponibilidade da revista em bancas britânicas, lojas de aplicativos como Readly, Exact Editions e Zinio, e entrega internacional por assinatura. Quanto aos veículos:
– Jaguars Mk2 Coombs originais superam £180 000 (≈ R$1,2 mi) em leilões britânicos de prestígio.
– Jaguar XJ220, após valorização recente, gira entre £500 000-£650 000 dependendo da quilometragem e histórico de manutenção dos turbos.
– XJR-15, com produção limitada a 53 unidades, supera £1,3 milhão (≈ R$8,6 mi).
– Monteverdi 375L oscila entre CHF400 000-CHF600 000, refletindo raridade suíça (apenas 23 cupês fabricados).
– O Fiat 508S Balilla Corsa, por sua vez, alcança €250 000 em eventos como Mille Miglia, graças à elegibilidade histórica.

📅 Disponibilidade e Estratégia
A revista destaca que sua edição de setembro/2025 já está à venda (07/08/2025) e convida o público a assinar para receber todos os números subsequentes, inclusive acesso a acervo digital pesquisável. A plataforma híbrida (impresso + digital) segue tendência global de publicação automobilística, reduzindo tempo de entrega a entusiastas fora do eixo Reino Unido-Europa.

🏭 Produção e Desenvolvimento
Embora os carros retratados não estejam mais em linha, vale mencionar as origens:
– Os Jaguars Coombs foram preparados na Coombs of Guildford, concessionária britânica que mantinha parceria direta com o departamento de competição de Browns Lane.
– O XJ220 nasceu em projeto conjunto JaguarSport (Jaguar + Tom Walkinshaw Racing) na fábrica de Bloxham.
– O XJR-15 saiu da Vector/TWR em Kidlington, primeiro veículo homologado de rua com monocoque full-carbon.
– O Monteverdi 375L foi produzido artesanalmente em Binningen, Suíça, utilizando motores Chrysler importados dos EUA.
– A Fiat montou o 508S em Turim, com execução de carrozzerie independentes como Ghia e Viotti.

🔮 Conclusões Técnicas
A edição de setembro/2025 da Classic & Sports Car oferece rara oportunidade de comparar, em um mesmo exemplar, três gerações distintas do DNA esportivo Jaguar: sedãs de pista disfarçados (Mk1/Mk2), o arremate estético do E-Type e o ápice tecnológico representado por XJ220 e XJR-15. Complementam o cardápio o exotismo suíço do Monteverdi 375L — exemplo de cooperação transatlântica entre design europeu e potência americana — e o Fiat 508S Balilla Corsa, que recorda como soluções simples, leveza e aerodinâmica rudimentar já garantiam emoção quase um século atrás.

Para o leitor brasileiro envolvido com restauração, investimento ou simples contemplação do patrimônio automobilístico, o conteúdo serve de referência técnica detalhada: mostra evolução de chassis, motores e materiais (do aço estampado ao compósito de carbono) e reforça a importância de preparadores independentes — caso de John “Noddy” Coombs — no aperfeiçoamento de projetos de fábrica. Ao mesmo tempo, evidencia o atual cenário de valorização dos supercarros de baixo volume dos anos 1990, nicho que cresce acima da média no mercado de colecionáveis.

Seja para estudar as soluções de duplo comando no XK6, entender as exigências de manutenção de um V6 biturbo a 1,1 bar ou simplesmente apreciar a elegância suíça do 375L, a nova Classic & Sports Car entrega, em mais de 130 páginas, um panorama abrangente, tecnicamente sólido e indispensável a quem vive e respira o universo dos veículos clássicos de alta performance.

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Imagem: Lizzie Pope via classicandsportscar.com

Clássicos de alta octanagem: Jaguars preparados, supercarros raros e joias pré-guerra são destaque na edição de setembro/2025 da Classic & Sports Car